sábado, 18 de fevereiro de 2012

Pedaço estranho e caro de mim...

Já faz algum tempo que não visito esse pedaço de mim
Já tinha até esquecido o quão confortável me sinto aqui
Por mais que hajam escoamentos para as minhas dores, a escrita sempre será a mais funcional
Fiz uma alteração no título, que na verdade deveria ter sido uma adição,
pois para mim este é um espaço 'caro' e para muitos aqui nunca deixará de ser 'estranho', um 'estranho relicário'.


Isso me faz repensar o conceito de relicário hoje em dia...
O que pode ser chamado de relíquia?
Poucas pessoas responderão 'letras'
Ainda mais essa teia flutuante que estampo aqui
Esse reflexo breve de mim.


sábado, 19 de novembro de 2011


Mesmo sem saber ele acertava todas as exigências do meu coração, do meu gênio forte, do meu temperamento imprevisível.

Mesmo sem querer, ele me fazia bem.

sábado, 21 de maio de 2011




Descrever a simpatia que sinto ao te ver
É como querer descrever o que sente o poeta em encontro com a rima perfeita, com o termo que a tudo descreva.
Apesar dele nem saber de onde veio,
Ele sabe que quase tudo traduz, e isso por si só autentica o sentimento.
Faz com que eu peça para que nada corrompa o que eu sinto ao te ver.





sábado, 5 de março de 2011

Desenho: Flávio Rodrigo.


As experiências passam por mim sem que eu precise passar por elas. E nisso, há um inteiro permanente com insaciável gosto de metade.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011


Ela guardou a imagem de algo que mal lembrava o rosto 
Mas que no mais só causava gosto

Tinha ele o toque sagrado
Que pedia pra ser eternizado no tato
Incorporar um fato
Na forma de beijo ou de arte
Menos de santidade

Tinha ele a presença inquietante
Capaz de fazer seu corpo vibrar num ritmo delirante
Embasando uma ânsia terna e incessante 

Pairou naquele espaço o sonho mais acolhedor que ela já conseguiu sonhar
Fazia ele parte de uma realidade que ela nunca conseguiu imaginar
Mas somente sorriu
Contudo partiu
Para sempre sentiu.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Apropria-te do que por direito é teu,
Me pede pra fechar os olhos 
E me diz provando
Que nunca esqueceu
Do todo de mim que um dia foi um pouco teu.

Não precisa fechar as janelas 
ou esperar por um dia de festa
pra dizer que o tempo que perdemos foi
tempo demais,
Pois eu lhe diria 
que ao contrário do espaço,
o time, meu caro
esse não volta, pois é raro demais...

Prefiro que não me digas nada,
A tua falta de fala e pose de sala
Me dirá tudo que preciso
Pra me convencer de vez 
Que tragar o cotidiano sem ti
é pior que desistir de viver antes do fim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

[Sem]tido



Não faz sentido sangrar pelo alheio
Não faz sentido voltar pra quem nunca veio
Não faz sentido prostar-se à espera de um cometa
Mesmo que ele já tenha sido anunciado pelas sete trombetas


Não se pode prender-se invariavelmente à relatividade
Há momentos que exigem posicionamentos,
E os seus sempre me compram...


Porque não é preciso que haja retórica, oratória, e muito menos sentido para que sangremos pelo alheio.